Índice de endividamento: o que é e porque é necessário
O cálculo do endividamento geral (EG) é utilizado para identificar até que ponto o índice de endividamento de uma empresa é composto por ativos vindos por terceiros, ou seja, o quanto eles estão comprometidos com a liquidação da dívida. Mas, como é feito o cálculo?
Basicamente, a equação é baseada no balanço patrimonial da empresa. Para isso, é necessário coletar os ativos e passivos em poder do empreendimento. Os ativos são compostos pelos bens, direitos e também aplicações, controlados pelo negócio e que são capazes de gerar benefícios econômicos futuros. Já os passivos contemplam os recursos compostos por obrigações de terceiros, que são resultantes de eventos que precisarão dos ativos para a liquidação. Enquanto o primeiro é direito, o segundo é obrigação.
Para garantir a correta aplicação da metodologia é preciso somar o passivo e dividir o total pelo ativo. Depois que é feita a divisão é preciso multiplicar por 100.
O grau de comprometimento alto do ativo não necessariamente significa que a empresa esteja com a saúde financeira comprometida. Há outros fatores que devem ser levados em consideração, como a capacidade de pagamento dela. Por exemplo, pode ser que a dívida esteja concentrada para pagamento em curto espaço de tempo, ou seja, o negócio impõe um aperto a fim de reduzir a dívida e obter fôlego para investimentos futuros.
No entanto, é preciso ter atenção. O alto índice de endividamento geral nem sempre é um bom indicador e isso tem uma explicação plausível. Imagine que a sua empresa comprometa as receitas para pagamento de dívida, isso consequentemente reduzirá a sua capacidade de investir nas suas necessidades. Quando transpomos tal fator para o mercado, é claro que o negócio tomará um posicionamento fragilizado diante da concorrência, o que pode ser bastante prejudicial.
Dentro da perspectiva da concorrência, há outro fator que deve ser levado em conta, que é o EG da concorrência. A empresa pode ter um EG alto, mas se os concorrentes estiverem na mesma situação o negócio não necessariamente estará em desvantagem, mas é preciso cuidado.
Vale lembrar que isso varia também conforme o segmento. Em se tratando de áreas em que pesquisas são desenvolvidas continuamente e há uma necessidade de inovação constante, como é o caso do setor de tecnologia, ter um alto grau de endividamento, que comprometa boa parte das finanças do negócio, pode fazer com que a empresa perca a competitividade.
Com informações: Serasa Experian